sábado, 27 de junho de 2009

SOFTWARE LIVRE

UFBA-UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA.
PEDAGÓGIA/SÉRIES INICIAISCICLO DOIS/2009.2


TRABALHO DE CAMPO

RELATÓRIO SOBRE SOFTWARE LIVRE


Equipe:
Derisval Santos Souza Rocha
Núbia Barbosa dos Santos
Teiles Beatriz Meira de Freitas


Professora:
Maria Helena Bonilla

Irecê
2009

UFBA-UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA.


TRABALHO DE CAMPO


RELATÓRIO SOBRE SOFTWARE LIVRE


Trabalho apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia Ensino Fundamental Séries Iniciais da UFBA - Universidade Federal da Bahia / FACED - IRECÊ como instrumento avaliativo, sob a orientação da professora Maria Helena Bonilla.


Irecê
2009

Derisval Santos Souza Rocha
Colégio Odete Nunes Dourado
Fundamental II 6°, 7º e 8º ano.
Nubia Barbosa dos Santos
Escola Municipal Luiz Viana Filho
Esucação Infantil.
Teiles Beatriz Meire de Freitas
Escola Municipal Luiz Viana Filho
Fundamental I 2°e 3° ano.

Relatório final do Trabalho de campo realizado sobre a Cibercultura na cidade de Irecê.

Os softwares são os principais intermediadores da inteligência humana na era da informatização. (SILVERA, Amadeu. 2004).

Software Livre

Software Livre é um programa de computador que pode ser usado, copiado e distribuído livremente. Os programas são de livre distribuição, o que significa que poderão e deverão sofrer alterações e ajustes para assim melhorá-lo de acordo com as necessidades de cada empresa, usuário e comunidades. Nesse processo não poderíamos deixar de mencionar o princípio relevante apontados pelo projeto software livre Bahia: “o software livre se refere à liberdade, que o usuário tem de executar, distribuir, modificar e repassar as alterações sem, para isso ter que pedir permissão ao autor do programa” (SOFTWARE, Projeto Bahia 2º Ed. 2005 P.15).
É bom lembrar que, apesar de livre ele não é necessariamente gratuito. Portanto, o uso do Software Livre é de grande importância para a sociedade brasileira, por que pode ser utilizado para qualquer finalidade, sem depender de um fornecedor. Tendo assim sempre acesso ao código fonte para consultá-lo e modificá-lo sem qualquer restrição, transmitindo a gama de conhecimentos adquiridos através da troca das informações com outros usuários, desenvolvem e constroem, portanto, a era das informações à distância; controlada por nós mesmos.

MAPEAMENTO

Com base nas entrevistas realizadas em algumas instituições públicas e privada que foram campo de pesquisa na cidade de Irecê, conversas socializadoras, relatos e estudos direcionados, percebe-se que há a presença do software livre nas escolas que visitamos. Muitas das informações coletadas a respeito do software livre nos chamaram a atenção como, por exemplo, as vantagens e os benefícios para a sociedade como, a liberdade de executar o programa, para qualquer propósito; livre de vírus; baixo custo; não ficar dependente de um fornecedor; tem acesso ao código fonte, podendo modificá-lo sem quaisquer restrições.

Escola Municipal Luiz Viana Filho

Com o objetivo de conhecer a proposta de trabalho, a importância para alunos e funcionários, e o funcionamento do programa dentro do processo educativo gratuito nas escolas, começamos o nosso trabalho entrevistando o agente de inclusão digital, Dino Estevão dos Santos Gama, da Escola Municipal Luiz Viana Filho, que fica situado no bairro São Francisco de Assis na cidade de Irecê. A diretora da instituição é a senhora Maria de Fátima Coltinho da Silva, a vice Gizelia Barbosa Ferreira; e atua como coordenadora a senhorita Alessandra Rosa Rodrigues. O infocentro do bairro funciona dentro da referida escola, com dez computadores ligados a internet, todos instalados com software livre. A escola porta de 38 funcionários, 9 salas de aula, sala de direção, secretaria e sala de professores.
Durante a entrevista ouvimos declarações de que o infocentro tinha recebido os computadores em 2.008 do Governo Federal, através do Ministério da Educação e Cultura (MEC), em parceria com a Prefeitura Municipal de Irecê. Mas apenas no início de 2.009 é que vieram funcionar, pois os funcionários tinham que ser contratados pela prefeitura municipal, mas que tudo já estava resolvido e que vinha funcionando muito bem os softwares. A escola também tem como meta proporcionar a alunos e funcionários a oportunidade de conhecer e fazer parte do mundo digital, inserindo-os nesse processo de inclusão de forma educativa e gratuita, pois alguns professores utilizam os programas para baixar vídeos da TV escola e outros conteúdos relacionados à sua disciplina.
Dino conclui dizendo que gosta de trabalhar com o sistema operacional Linux e que acha esse um dos melhores programas e que além do mais é livre, não pega vírus e muito simples de usar. A sua capacitação foi feita através de cursos on-line com o próprio software livre e trabalhando como voluntario no ponto de cultura.

Ponto de cultura

Entrevistado: Ariston Eduão, coordenador do Ponto de cultura Anísio Teixeira na cidade de Irecê. Durante a entrevista relatou que passou a conhecer o Soft Livre quando começou a fazer a Faculdade de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), tendo o ponto como objetivo maior promover a democratização da cultura digital por meio de ações de educação e cultura.
Através de palestras, cursos de informática em SL, realizações de eventos e da primeira semana do soft livre, é que foi sendo feita a democratização do SL na cidade. Informou que a única lei existente no município de Irecê é a 15/2008 - Lei complementar, (Plano Diretor aprovado em 31/12/2008).
Segundo o Plano Diretor, no capítulo VIII, no inciso III e IV, “Implantar o uso do soft livre no município, como política pública voltada à universalização da cultura digital; “Difundir a atuação do ponto de cultura e do tabuleiro digital (parceria com a UFBA, a Petrobrás e o Minc) no acesso, produção e fruição da cultura digital”.
Percebe-se, que o objetivo do plano diretor em parceria com a UFBA é de expandir uma cultura digital no município de Irecê, através do ponto de cultura e do tabuleiro digital para melhorar a inclusão digital dando oportunidades aos alunos e aos munícipes.
Explicou também, que vêm capacitando alguns jovens para serem inseridos no mercado de trabalho e no processo de inclusão digital, como exemplo citou o seu ex-aluno Dino Estevão que hoje, depois de aprender diversas técnicas de como manusear os Softs Livres, passou a ser instrutor geral do infocentro digital da Escola Municipal Luiz Viana Filho que se situa no Bairro, São Francisco de Assis aqui na cidade de Irecê. Comentou ainda que o Tabuleiro Digital é de fundamental importância no processo de inclusão digital no município, pois o mesmo é visitado por centenas de pessoas, entre elas crianças, jovens e adultos da cidade e da região, povo que vem para fazer diversificados trabalhos on-line.
O nosso entrevistado conclui dizendo que são várias as vantagens para quem faz uso do soft livre, pois possibilita uma grande liberdade no manuseio dos programas, não pega vírus.

Escola Municipal José Francisco Nunes

Entrevistado: Nelson Rodrigues da Cruz, professor do ensino Fundamental 1 e instrutor-monitor do infocentro. A Escola fica localizada no povoado de Itapicuru a 7 km da cidade de Irecê, comportam sete salas de aula, uma secretaria, dois banheiros, um pátio e uma sala de informática onde funciona o infocentro, equipado com oito computadores ligados a internet.
Objetivo: inserir a comunidade no mundo digital, ajudando as pessoas a utilizar o Soft livre, divulgando todo o conhecimento que tenho sobre esses programas e aprimorar os meus conhecimentos através dos usuários do SL.
O entrevistado relatou ainda sobre a importância do uso do SL para aquele povoado, sendo uma das vantagens o Linux que não é cobrado pelo sistema. Diferente do Windows que além de pagar pelo programa, você paga também pela manutenção. Em relação à manutenção, ele sempre tem o apoio do ponto de cultura ciberparque Anísio Teixeira, quando necessário. Falando do trabalho independente que desenvolveu na escola de Itapicuru sobre tecnologia, citou as vantagens de utilizar o SL, por possibilitar a liberdade de executar o programa, por ser mais seguro, por não pegar vírus, por ser livre para estudo e análise e por poder copiar, modificar e redistribuir o programa sem restrições.
O entrevistado comentou ainda que, teve contato com o programa na Faculdade, onde o mesmo cursava Ciência da Computação e que também conhecia o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), que é um programa do governo que tem como função a pesquisa, porém mais restrito, não dando oportunidade de instalar outros programas.
O PROINFO é programa desenvolvido pela Secretaria de Educação à distância através do departamento de Infra-Estrutura tecnológica em parceria com as Secretarias de Educação estaduais e municipais na qual visa introduzir o uso da tecnologia nas escolas.
Segundo o entrevistado, a escola já foi beneficiada com o infocentro em parceria com o governo estadual e municipal, onde a mesma ganhou cinco computadores para atender as necessidades da escola para com os alunos e os professores.
Essa entrevista nos proporcionou um bom conhecimento sobre o programa SL, melhor condição para o manuseio do Soft Livre contribuiu significativamente para o trabalho de pesquisas com os nossos alunos em sala de aula, nos ajudou a perder o medo do novo, mostrando que é possível utilizá-lo dentro de uma cultura solidária e participativa, que tenha objetivos e interesse em comum.

Embasa

A Embasa fica localizada na Av. Cel. Terencio Dourado S/N Irecê Bahia. Na entrevista realizada na Embasa, com Ribeiro, técnico em computação, o mesmo relatou que o soft livre agora é uma realidade, pois a partir do momento que a empresa optou em fazer o uso do SWL, por se tratar de um sistema operacional aberto, teve economia significativa no orçamento empresarial, pois uma das principais metas da empresa é o corte de custos e gastos, exemplificando que apenas para instalar o Windows gastaria 500 reais e os aplicativos Word mais 1.700, sendo que em 2.008 a economia foi de quase 3 milhões com o SL. Faz apenas quatro anos que a empresa vem trabalhando com o soft livre. Relatou ainda que os programas dão aos usuários a liberdade para mudar e adequar o próprio sistema às necessidades da empresa, sendo mais resistentes e seguros contra vírus.
O técnico falou sobre a sua capacitação, que foi realizada na cidade de Salvador em um convenio com o governo federal e estadual, dentro de uma política pública e que não teve muita dificuldade para trabalhar com o SWL, que começou e teve bons resultados.
Sobre o hardware, não teve muitos problemas com o mesmo e que o grande problema é a falta de conhecimentos, mas que podem ser resolvidos até via web. Ribeiro finalizou dizendo: – “que o importante é começar e não ter medo do novo, pois em muitas das vezes somos amedrontados pela falta de conhecimento”.



CONCLUSÃO
No início do segundo ciclo da segunda turma de Licenciatura em pedagogia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o curso de software livre foi uma das atividades oferecida pela UFBA com a professora Maria Helena Bonilla. Os primeiros conhecimentos sobre soft livre aconteceram durante as aulas no espaço do tabuleiro digital, na qual a professora Bonilla falou sobre as políticas públicas, as diferenças entre os hackers e crackers, as vantagens do SWL em relação ao proprietário, os aplicativos, o Linux, um sistema de código aberto, os programas novos como: BR.office, Open Office (editores de texto), cinelerra (editor de vídeos). Gimp e o inkscape (editores de imagem). Além de aprendermos sobre soft livre, o curso nos proporcionou maiores informações através do conhecimento compartilhado, nos ambientes, Moodlle, Yahoo e o Blog. “Na era informacional, quanto mais se compartilha o conhecimento mais ele cresce” (SILVEIRA, 2004, pg. 07). O conhecimento é um bem que se adquire em conjunto, compartilhando, buscando, tornando essa coletividade inteligente e ativa nesse processo.
É diante da necessidade de adquirirmos esses conhecimentos que a professora Bonila nos proporcionou uma pesquisa de campo na qual entrevistamos pessoas em escolas, ciberparque, infocentros e instituições privadas. Os resultados dessas pesquisas foram compartilhados através do moodle, do blog e da lista de discussões do Yahoo, onde foi proporcionado um maior aprofundamento dos assuntos referentes à tecnologia, e principalmente soft livre, que foi o tema em questão.
Quando lemos na cartilha do soft livre que “inclusão digital é mais que ter acesso às maquinas. É o exercício da cidadania na interação com o mundo da informação e da comunicação” (CARTILHA, de software livre, pg. 40) isso nos fez refletir na forma que está sendo feita essa inclusão nas escolas, pois mesmo com os infocentros e os tabuleiros, nossos alunos só podem utilizar desse recurso quinzenalmente ou mensalmente e muitas escolas não conta ainda com esse recurso. São ações que precisam ser repensadas, no agendamento dos horários priorizando assim as instituições educacionais.
Estando em contato direto com textos, livros, lendo e pesquisando, percebemos o quanto o governo federal brasileiro é um incentivador do Linux, pois em decreto de 29 de outubro de 2003 o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, instituiu oito comitês técnicos com o objetivo de coordenar e articular o planejamento e a implantação do SL e inclusão digital, no qual facilitou a implantação do programa em varias instituições públicas e privadas.
No momento das entrevistas todos relataram a importância do soft livre para a cidade de Irecê, tanto na esfera pública como também na privada, onde se percebe claramente as vantagens e benefícios, onde fica evidente que uma das principais razões em adotá-los é devido ao baixo custo, estar livre de vírus e a liberdade de modificar o código-fonte. Em alguns momentos, na realização da pesquisa houve desânimo e cansaço, principalmente pela jornada de trabalho que acarreta em falta de tempo dos componentes do grupo para reunir-se, mas mesmo assim não baixamos a cabeça e fomos para o confronto em busca da nossa formação continuada.



REFERÊNCIAS

CARTILHA, de software livre, Projeto software livre Bahia. 2° edição abril 2005.
SILVERA, Sergio Amadeu da. software livre: a luta pela liberdade do conhecimento/Sergio Amadeu da Silveira- São Paulo:editora Fundação Perseu Abramo, 2004 p. 07 .
PLANO, Diretor aprovado em 31/12/2008. Na qual refere no capitulo VIII inciso III e IV.

RELATÓRIO DA ATIVIDADE DE ALFABETIZAÇÃO

ESTUDO REALIZADO SOBRE ALFABETIZAÇÃO NA ESCOLA/LICENCIATURA EM PEDAGOGIA



INTRODUÇAO:


O ato de escrever propicia a discussão interior, a interlocução, mesmo na ausência, a organização e solidificação do pensamento. Ao elaborarmos a reflexão escrita nos dão conta do que já sabemos e do que nos falta conhecer. (SME, 1989:12)


No processo inicial da alfabetização a criança esta construindo suas primeiras hipóteses de escrita e leitura. Essa aprendizagem não se realiza da mesma forma para todos os alunos, para a criança a aprendizagem da escrita não e uma tarefa fácil, pois requer um processo de construção do pensamento por isso é importante criar momentos na nossa rotina de sala de aula em que os alunos possam escrever sozinhos e em duplas possibilitando discussões que é de fundamental importância para o desenvolvimento da aprendizagem. Segundo Emilia Ferreira

A criança aprende a ler e escrever porque é desafiada a confrontar suas hipóteses sobre leitura e escrita com outras possibilidades que serão oferecidas pelo professor. As pesquisas de Emilia Ferreira e Ana Teberosky apontam para as hipóteses que as crianças constroem neste processo. FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana (1999).

Portanto é preciso saber quais são os conhecimentos que a criança tem, naquele momento, sobre o processo de construção da leitura e da escrita, para iniciar o trabalho de alfabetização. Ao aplicar a atividade de leitura e escrita com a turma pensamos nos seguintes objetivos:

· Colocar em ação diferentes estratégias de literatura e escrita;
· Confrontar as idéias, levando assim a construção do pensamento entre as duplas;
· Fazer o ajuste do falado ao que esta escrita levando em consideração o conhecimento que possuem sobre o sistema da escrita.

Esta atividade de alfabetização com a professora Giovana Cristina Zen foi realizada na turma da professora Têiles Beatriz Meira de Freitas, na Escola Municipal Luiz Viana Filho, com o grupo 7A, a mesma é composta por vinte e oito alunos, sendo sete alunos na hipótese pré-silábica, cinco silábicos sem valor sonoro, seis silábicos com valor sonoro, quatro silábicos alfabéticos e seis alfabéticos iniciais.

Nessa atividade foi trabalhada como conteúdo na sala de aula a montagem de uma parlenda já conhecida de memória pelos alunos, “Rei Capitão” para analisar a hipótese de escrita e leitura da turma.

Primeiro fizemos uma avaliação diagnostica com todos os alunos para analisar as hipóteses e assim fazermos os agrupamentos levando em conta as hipóteses de escrita para podermos aplicar a atividade na sala.

2. DIAGNOSTICO DA TURMA

Além das propostas e instrumentos utilizados nesta atividade elaboramos uma tabela de desenvolvimento com as hipóteses de escrita da turma, como o abaixo representado.
3. PLANEJAMENTO:

Depois de analisarmos cada amostra dos alunos, elaboramos um planejamento para aplicarmos na sala as três propostas diferenciadas sugerida pela professora Giovana com a mesma parlenda, fazendo com que os alunos possam:

OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO:

Fazer com que os alunos coloquem em ação diferentes estratégias de leitura e escrita a partir dos desafios propostos;
Confrontar as idéias, levando assim a construção do pensamento entre as duplas;
Fazer os ajustes do falado com o que esta escrita levando em consideração o conhecimento que possuem sobre o sistema da escrita;

CONTEÚDO DA ATIVIDADE:

Leitura e escrita de um texto conhecido de memória, “parlenda”;
Oralidade;

MATERIAL UTILIZADO:

Papel metro;
Letras movem;
Cartolina para fazer os cartões das palavras;
Fita adesiva;


METODOLOGIA:
Antes de aplicarmos a atividade, foi trabalhado durante alguns dias três parlenda com a turma para que eles memorizassem. Dois dias antes de aplicarmos a atividade pedir que eles escolhessem uma para trabalharmos na sala, e expliquei que se tratava de uma atividade da faculdade, e precisávamos fazer a montagem de uma das parlendas com eles, e naquele momento estaria na sala mais dois professores para aplicarmos a atividade. Por julgar menor e por terem tido uma maior facilidade em memorizá-la escolheram Rei Capitão.

O planejamento foi baseado nas três propostas apresentada pela professora, onde estaremos apresentando a atividade e explicando a consigna para as duplas. Fizemos os agrupamentos levando em consideração as hipóteses de escrita na qual cada um se encontrava. E montamos os agrupamentos da seguinte forma:

VEJA OS AGRUPAMENTOS ABAIXO:

PRIMEIRA PROPOSTA:

Pré- silábico (Lucas Pinheiro) e silábico com valor sonoro (Diogo)
Silábica sem valor sonoro (Daniela) e silábico com valor sonoro (Fabricia)

SEGUNDA PROPOSTA:

Alfabético inicial (Micaela) e alfabético inicial (Heric)
Alfabético inicial (Lucas Lopes) e alfabético inicial (Milene)

TERCEIRA PROPOSTA:

Silábico alfabético (Lucas Conceição) e alfabético inicial (Kenedy)
Silábico alfabético (Ian) e silábico com valor sonoro (Carolina)
Silábico com valor sonoro (Keven) e silábico sem valor sonoro (Vitória)

4. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

Primeiro separamos as duplas e expliquei que iríamos para a sala da professora Núbia por que nas mesas eles teriam melhor apoio no momento da montagem e que as cadeiras não seriam adequadas para realizar essa atividade. Colocamos em cada mesa uma dupla, depois a professora Núbia explicou como seria feita a atividade, deixando claro para todos que um iria precisar do outro para resolver juntos os desafios que poderiam encontrar.

Ela explicou para os alunos que ficaram com a primeira proposta que a parlenda estava toda dividida em palavras, e que não sobrava nenhuma, pois todas pertenciam a parlenda.

Ao montar parlenda Lucas pegou a palavra rei, e quando a professora perguntou ele afirmou com muita segurança justificando que rei começava com R. porem no momento de pegar a palavra capitão eles entraram em conflito porque Lucas afirmava que não tinha a palavra capitão, e quando a professora questionou, ele respondeu que capitão começava com Q. quando a professora perguntou:
- o que o Diogo achava, ele também concordou.
Então a professora mostrou para eles algumas palavras que iniciava da mesma forma de capitão e explicando que a letra C, tem som de Q quando inicia as palavras e diante das vogais A, O e U. Diante da explicação o Diogo que já tinha valor sonoro descobriu qual era a palavra capitão.

Para os alunos da segunda proposta foi explicado que ali tinha todas as letras da parlenda e que deveriam usar todas as letras ali disponíveis, pois não poderiam sobrar letras.

Ao montar a parlenda achei muito interessante quando Lucas Lopes montou a palavra capitão perguntou:
- Posso colocar o til em cima do A?
- Por quê? E ele respondeu:
- Porque aqui tem ão, então tem que colocar o til. E permitir que ele colocasse o acento

Outro confronto foi na palavra moça, por causa da cedilha. Os dois entraram em conflito, Milene saiu e foi pegar a letra S para coloca na palavra moça, e disse que todas as letras da parlenda estavam ali e como não tinha a letra S isto significa que moça não tem S. Foi quando questionei a Lucas:
- o que você acha?
E Lucas colocou a letra C, de imediata Milene disse que ficava CA.
E Lucas, mas se não tem o S.
Então disse para eles que a palavra carroça erra escrita com a letra, mas ela vinha com uma cedilha embaixo do C para dar o som de S. De imediato eles descobriram que teria que colocar o C, mas estava faltando a cedilha, então Lucas pegou uma caneta e colocou.

Para as duplas da terceira proposta, foi dito que eles teriam muitas letras para utilizar a vontade e assim poder escrever a parlenda, porém cada aluno teria que colocar uma letra e dizer por que estava colocando aquela, depois passar a vez para o colega.

Nessa dupla, o que foi observado foram quais letras eles pegavam e se conseguia justifica o que pegava. Eles entraram em conflito ao escrever a parlenda porque keven tem uma maior dificuldade em pronunciar a parlenda e Vitória não tem quando Vitória estava em rei capitão, keven já estava no final da parlenda e ela reclamou:
- não agora é moça bonita, então, ele pegou e colocou as letras MCA, para a palavra moça e ela colocou OIA, para escrever bonita foi quando pedir para que os dois lessem e keven disse que faltava a letra B e T. Perguntei:
-por que estava faltando?
-ele respondeu:
-que bo, era B e O e ta, era T e A..

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Ao desenvolver a atividade proposta em sala de aula observamos o quanto ofereceu aos alunos oportunidade de melhorar seus conhecimentos lingüísticos. E nas diferentes situações de fala, de escuta, de escrita e de leitura, é que percebemos a busca do pensamento por parte dos alunos para resolver os desafios. De forma que os alunos passa a construir seus próprios saberes e aprendendo a aplicá-los em outros contextos.


Com tudo é de fundamental importância que o professor organize suas intervenções de modo que venham possibilitar aos alunos leitura e escrita com reflexão para resolver cada desafio encontrado, valorizando os saberes de cada aluno, tornando assim um mediador da aprendizagem.

Sabemos que é preciso respeitar o momento de aprendizagem de cada criança e que alfabetizar não é apenas copiar ou decifrar palavras. Alfabetização é um processo continuo da construção do conhecimento. Seguem anexas fotos da atividade. (Anexo único).

COMPONENTES:

ALEXANDRO CUNHA
NÚBIA BARBOSA DOS SANTOS
TÊILES BEATRIZ MEIRA DE FREITAS



REFERÊNCIAS:

FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre, Artemed, 1999.